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O Sentido da Festa do Divino Espírito Santo


A celebração ao Divino Espírito Santo é tão antiga quanto o Cristianismo.

Através dos primeiros capítulos dos Atos dos Apóstolos, temos ciência do cumprimento da promessa feita por Jesus a eles (e a nós) sobre a vinda do Espírito Santo Paráclito. Isso aconteceu cinquenta dias depois de Sua Ressurreição, quando os apóstolos, reunidos com Maria no Cenáculo, receberam os mais elevados Dons do Divino Espírito Santo. Ele lhes deu força para começar, com muita coragem, a evangelização de milhares de pessoas (e por extensão, de todos nós que aceitamos Jesus como nosso Salvador). Foi assim que surgiu a primeira comunidade cristã. Esses ensinamentos até hoje nos são repassados pela Igreja Cristã a qual nos admoesta que vivemos sob a égide do Santificador Espírito de Deus.




Somente quem entende e recebe a força e o sentido do poder do Espírito Santo pode considerar-se um verdadeiro cristão. E esse bem supremo se revela na relação íntima, pessoal e permanente com o nosso Consolador. Por isso devemos festejar a vinda do Espírito Santo de modo fervoroso, ungidos pela fé.

Para celebrar o Dia de Pentecostes, precisamos nos unir com júbilo em comunidade para louvá-Lo. Sabemos que todo o poder do Espírito Santo já está potencialmente em nossa vida desde o Batismo, mais é preciso fazer reverberar dentro de nós essa fé que nos dá força para vencermos os desafios desta vida.

Assim aconteceu com Santa Isabel de Portugal que, diante de suas necessidades temporais, rogou ao Divino Espírito Santo que a assistisse. Ela foi atendida, vendeu sua coroa e, com alegria, pode então distribuir fraternalmente carne e pão aos pobres no dia em que a Comunidade de Alenquer festejava Pentecostes.

Essa devoção criou uma tradição única, que se espalhou pelo antigo império colonial português.

Nos Açores, a devoção ao Senhor Espírito Santo se conserva há mais de cinco séculos. E porque muitos dos açorianos vieram viver, no Século XVIII, em Santa Catarina, foi no litoral catarinense que a maioria deles se estabeleceu. Esses nossos antepassados nos legaram sua fé e tradição de celebrar Aquele que se tornou nosso padroeiro, o Espírito Santo.

Em Camboriú a festa do Divino se mantém firme e se renova a cada ano, característica própria de nossas manifestações culturais. Essas festas, celebradas em Pentecostes, vêm apresentando modificações e reinvenções que muitos não entendem. Mas essa é uma visão limitada de cultura, pois uma invenção humana só faz sentido se cada manifestação cultural estiver arraigada na alma do povo.

Por isso, o culto ao Divino Espírito Santo se revestiu de tradições populares muito ricas de significado, tal como acontece em Camboriú, festa que culmina com com a coroação de um imperador.

E a revitalização da festa do Divino neste Município somente é possível porque a sua comunidade sente que é necessário manter suas manifestações de fé e tradição e por isso celebra seu padroeiro com muito jubilo. E porque há 152 anos Camboriú se tornou conhecida como a Cidade do Espírito Santo.


Professora Tereza Santos


Fotos: https://victorsouzafotografias.com.br/

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